terça-feira, 27 de julho de 2010

A morte do Maestro (de Alma Welt)

O corpo mantinha a majestade
Também na alva barba e no cabelo,
E mais um traço forte de vontade
Que ainda nos lábios pude vê-lo,

Esse dom de comando generoso
Que fazia-nos chamá-lo de Maestro,
Ele, a quem saber é que era o gozo
E na arte de viver era o mais destro...

Mas eu, guria que reconheci seu colo
Que fora terno, aberto e acessível
E que pra mim era prumo, meta e pólo

Não poderei viver se assim deixá-lo,
Que nem seria justo ou permissível,
Enquanto na memória ainda o calo...

(sem data)

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