As coisas se rebelam, tudo treme,
Está perdido o fio do labirinto;
Já não há quem o barco nosso reme,
Nossa nave em névoa de absinto...
Nosso fuso apresenta seu ananque
E tudo é fútil e vã necessidade;
Não há quem da inércia nos arranque
E vagamos à deriva em vacuidade.
Barco bêbado, perdido de seu rumo
Já sem fé vacila o coração
Nosso mastro mestre perde o prumo
E adernamos com risco de emborcar
Pois o naufrágio é nossa vocação
E a vela negra esquecemos de trocar...
09/01/2007
Há 3 meses
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