O amado ente que privamos
Deixa tanto de si dentro de nós,
Que o levamos pelos dias, pelos anos
Que nos couberem muito após
Ter deixado o corpo vulnerável
Cheio de nobreza mas sem cores,
Despojado já então do dispensável
Triste fardo de misérias e de dores...
Mas se em matéria o recordemos,
Perpetua-se o corpo venerando,
Não cuspimos no prato que comemos
E o revemos num álbum de memória,
Os traços e a beleza conservando
Como quando começou a nossa estória...
(sem data)
Há 3 meses
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