sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu, versos e estrelas (de Alma Welt)

Ser eu mesma, elaborada construção
Que empreendi após meus treze anos,
Quando vi a Açoriana em seu caixão
E olhei ao pé da cova meus arcanos:

Eu haveria de ser meu próprio tema,
Não houvera eu sofrido à toa
Por falta inexistente ou tão pequena
Que ao abraço da Natura mal destoa...

E cresceria mesmo à força de cantar
E amar, amar, amar e mais amar,
Que é só o que cabe ao frágil ser

Que quer se alçar ao teto do universo
Mas cuja alma é um pavio quase a tremer
Entre estrelas semeadas como verso...

(sem data)

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