Meu pai, votado ao culto da beleza,
Iniciou-me cedo nos Mistérios,
Ao piano ou ali à sua mesa,
E ao poente, momentos mais etéreos...
Diante daquelas rubras despedidas
E depois, já saudando o arrebol,
Um pacto então era em nossas vidas,
Nosso sol, constante e único farol.
Sim, porque se assim a luz cultuas
Mesmo que mais distante, nas estrelas,
Não poderás fazer o mal enquanto atuas
Nesta vida que a ti cabe iluminar
Com velas que o próprio sol, ao vê-las,
Como filhas as reconhece e vem saudar...
(sem data)
Há 3 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário