terça-feira, 20 de julho de 2010

Do sol, velas e estrelas (de Alma Welt)

Meu pai, votado ao culto da beleza,
Iniciou-me cedo nos Mistérios,
Ao piano ou ali à sua mesa,
E ao poente, momentos mais etéreos...

Diante daquelas rubras despedidas
E depois, já saudando o arrebol,
Um pacto então era em nossas vidas,
Nosso sol, constante e único farol.

Sim, porque se assim a luz cultuas
Mesmo que mais distante, nas estrelas,
Não poderás fazer o mal enquanto atuas

Nesta vida que a ti cabe iluminar
Com velas que o próprio sol, ao vê-las,
Como filhas as reconhece e vem saudar...

(sem data)

Nenhum comentário: