Amores como sonhos se desfazem
Tênues como teias entre as ramas
Se deixamos de urdir as nossas tramas
Enquanto as ilusões se liquefazem.
Mas resta o amor que ainda esperas,
Somente aquele um, da nossa infância,
O beijo virginal de uma criança
Que reconhecemos de outras eras.
Os olhos de uma corça em seu candor
E o cheiro, ah! o perfume de uma boca
De pequenos lábios como flor
De que perseguiremos o respiro
(conquanto uma só vida seja pouca),
De cujo alento é feito o último suspiro.
(sem data)
Nota
Deslumbrada encontrei este soneto, sem data, na arca da Alma, e que fui logo conferir, o que é possivel graças ao instrumento de pesquisa dos blogs, e confirmei ser inédito. Alma, nele se refere ao primeiro amor,definitivo, que para alguns acontece ainda na infância, como foi o caso dela, nós sabemos por quem... (Lucia Welt)
Há 5 meses
Um comentário:
muito bonito... :)
Postar um comentário