De noite percorro o casarão
Por soturnos corredores silenciosos
Mas cheios de murmúrios capciosos
Das memórias do último verão
Quando a casa abrigava a alegria
Dos hóspedes ruidosos e parentes
Que lotavam como fosse hospedaria
Estes quartos agora tão silentes.
Ai! A casa já suspira de carência,
E chora e geme em sua demência
Tremelicando ao vento da campina!
Só restou Matilde, a mais fiel,
Galdério na charrete, sua sina,
E esta Alma que vaga, assim, ao léu...
16/01/2007
Nota
Encontrei nesta manhã de domingo, na arca da Alma, este belo e triste soneto, que denuncia o estado de espírito da Alma nos seus últimos dias. Infelizmente eu estava com meus quatro filhos (dois da falecida Solange, nossa irmã mais velha)em Alegrete e nada pude fazer por minha irmã, que eu não imaginava assim, tão desesperada... (Lucia Welt)
Há 5 meses
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