domingo, 14 de setembro de 2008

Flor noturna (de Alma Welt)

Uma flor nasceu em meu jardim
Até então desconhecida, e inusitada
Pois que tem um cheiro doce de jasmim
Não sendo co'este todavia aparentada

Pois de noite evola outro perfume
E eu diria que de modo até perverso
Assim como essa lua que resume
A doce febre de onde nasce o verso.

Mas logo a senti como uma irmã
Das dores e anseios com que lido
De dia a rescender o meu amor,

Pálida e bela, mas altiva barregã
Que se erguesse do seu leito proibido,
A vagar nua entre os seres de labor...

(sem data)

____________________________________


Flor nocturna (de Alma Welt)
(versión al castellano de Lucia Welt)

Una flor nació en mi jardín
Hasta ayer desconocida y inusitada
Pues que tiene un perfume de jazmín
Sin siquiera ser pariente y ni nada

Pues de noche aromatiza otro perfume
Y yo diría de modo muy perverso
Así como esa luna que resume
Esta mi fiebre donde nace el verso.

Y desde luego la sentí como una hermana
De los dolores con que me he habido
De día a respirar mi oculto amor,

Ramera pálida, por cuanto altiva y vana,
A erguirse de su lecho prohibido,
Desnuda a irse entre los seres del labor.

Um comentário:

R. M. Peteffi disse...

bah, Lu...

vc tá se esmerando nas traduções...

tão lindas mesmo...

beijos!