domingo, 27 de julho de 2008

Da vida vivida (de Alma Welt)

Por amor, me desnudei a alma
No papel em versos escandidos,
Não me poupei em nada, dei a palma
A ler, como às ciganas os escolhidos.

Sim, por que nelas eu confio
Se vêem em nós o dedo do destino
Ou espada a pender daquele fio.
Mas ouvindo da Gitana o violino

Cantei, dancei, de mim me desnudei
E nos leitos dos amados supliquei
Que tocassem as fibras do meu ser.

E louca, penetrada e fruída
Fui verso e canção pra ouvir e ler
E nada deixei pra outra vida...


17/01/2006

Nota

Mais uma vez emocionadíssima, ao descobrir agora há pouco este soneto, me defrontei com um "testamento espiritual" da Alma, poderoso, de comovente grandeza.
Vou tentar vertê-lo para o castellano para publicar no site La Voz de La Palabra Escrita-Internacional. (Lucia Welt)


De la vida vivida (de Alma Welt)
(Versión al castellano de Lucia Welt)


Por amor me he desnudado el alma
En la página de verso encendido
Sin enbargo,siempre he dado la palma
Como a una gitana el escogido.

Si, porque fieles siempre han sido
Y en nosotros veen la oscura gana
O el sable que de un hilo está pendido.
Pero al oír el violín de la Gitana

He cantado, danzado y desnudado,
Y en los lechos de amados, he suplicado
Que tocasen las fibras de mi ser.

Pues loca, tocada o ceñida
He sido verso y canción de oír y leer
Y nada he dejado a otra vida.

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