domingo, 27 de julho de 2008

A Alma destas águas (de Alma Welt)

A trilha que leva à minha cascata,
A cantar percorro todo dia,
Descalça, pois retiro a alpargata
Para sentir do solo a energia.

E logo vou a blusa retirando
Ou o vestido inteiro, se é o caso,
Depois a calcinha, ali deixando
Na senda como rastro e ao acaso

As belas tramas um tanto obsoletas
Pois me dou à transparência destas águas
(que nunca me escondi em vãs anáguas).

Depois saio brilhando, nada feia...
E mais: para atrair as borboletas,
Crua me agacho a urinar na areia.

(sem data)

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Nota

Encantada, acabo de descobrir na arca da Alma este soneto lindo, ligeiramente erótico, que revela algo que eu mesma testemunhei algumas vezes: nua, molhada e brilhando, Alma urinava na areia da prainha da cascata, e logo ali se fazia uma revoada de borboletas que apreciavam o sal ou a amônia onde pousavam numerosas, sugando, para encanto de minha bela irmã, que eu ficava olhando, admirando, como uma ninfa que ela realmente era. (Lucia Welt)


Alma de estas aguas (de Alma Welt)
(Versión para el castellano de Lucia Welt)

En el camino que leva a mi cascada
A cantar me voy todos los días
Y luego me pongo desmontada
Para sentir del suelo la energía

Y desde luego la camisa allí sacando,
O el vestido entero, si es el caso,
Después las bragas voy dejando
En la senda como rastro y al acaso

De las vanas tramas aúnque hermosas
Pues en la transparencia de la escena,
Jamás he escondido aquellas rosas...

Y me salgo reluciendo, rica y plena
Y más: para atraer las mariposas
Me agacho a orinar sobre la arena.

(sin data)

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