sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meu credo (de Alma Welt)

O que me faz crer que Deus existe
Não é uma doutrina exorbitante,
Mas a própria Natureza que persiste
Mesmo agredida a todo instante.

Desde o primeiro riso do menino
Ao livre crescimento de uma planta;
Ao ar que respiramos, antes fino,
Agora grosso e pesado como manta.

Mas pra que a descrença não me morda
Ouço a grande soprano não mais gorda
E um portento a tocar um violino

Maravilhosamente e desde antes,
Quando o arpejou e era franzino,
Brincava e sonhava com elefantes...

(sem data)


Nota
Acabo de encontrar na Arca da Alma este soneto inédito, e nitidamente humorístico...
(Lucia Welt)

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