O que me faz crer que Deus existe
Não é uma doutrina exorbitante,
Mas a própria Natureza que persiste
Mesmo agredida a todo instante.
Desde o primeiro riso do menino
Ao livre crescimento de uma planta;
Ao ar que respiramos, antes fino,
Agora grosso e pesado como manta.
Mas pra que a descrença não me morda
Ouço a grande soprano não mais gorda
E um portento a tocar um violino
Maravilhosamente e desde antes,
Quando o arpejou e era franzino,
Brincava e sonhava com elefantes...
(sem data)
Nota
Acabo de encontrar na Arca da Alma este soneto inédito, e nitidamente humorístico...
(Lucia Welt)
Há 6 anos
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