quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O rio (de Alma Welt)

Atirados na corrente sempre fomos
Em que nos debatemos e bradamos;
O rio em que nascendo mergulhamos
Ainda é o mesmo desde Cronos,

E não como o Heráclito dizia
Que nunca é o mesmo para nós;
O Tempo para o homem não sorria
Na aurora e tampouco logo após,

E ínclito, impávido, inclemente
Como rio real, e não da mente,
Passa sem levar-nos em questão,

Pois o que é uma folha que navega
Ou um pequeno galho que se entrega
Se levados vamos todos de roldão?...


08/07/2006

nota
Acabo de encontrar este soneto inédito na Arca da Alma, e encantada, vou imediatamente postá-lo lá no blog dos Metafísicos da Alma.
(Lucia Welt)

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