terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A anti-condoreira (de Alma Welt)

São poucos os chamados à Poesia
Entre os milhões que fazem versos.
E os verdadeiros, os dotados de magia,
Quase sempre no silêncio estão imersos.

Quero dizer, sem voz que nos alcance,
Tateando ao frio sol de seus degredos
Esperando finalmente a grande chance
De revelarem seus delírios e segredos.

Pois Poesia não é cartilha de decência
Ou de conduta um perfeito manual,
E muito menos declarações de amor

Se não mesmo ao poema e sua essência
Gratuita, aérea, livre e, se animal,
Capaz de mergulhar, não um condor.

(sem data)

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