domingo, 29 de novembro de 2009

A cal e a pedra (de Alma Welt)

Olhando meu passado e o presente,
Não vivo de pequenas alegrias,
Devo confessar humildemente,
Mas de grandes arroubos e euforias.

Pruridos ou mania de grandeza!
Dirão alguns, como eu ouvia
Já de minha mãe, não com rudeza,
Mas dura, cortante e um tanto fria.

Mas vede, é com pouco que construo
E transformo em epopéias a jornada
Destes meus dias que tão ávida fruo.

Fazer do vão momento e até do tédio
A cal e a pedra do nosso grande prédio,
Ser poeta é justamente a empreitada...

17/06/2005

Um comentário:

Pato disse...

fumaças e vozes de cajueiro menino... chuva de gotas pesadas e dispersas... empurrou um acaso soprado frio... em movimentos involuntários vim parar aqui e aqui me leva a algum lugar vivo e enevoado...
saudações de acasos e inomináveis outros enevoados...