domingo, 4 de outubro de 2009

Anti-receita do poeta (de Alma Welt)

O poeta não vive o “dia a dia”,
O rame-rame, o tédio, se quiseres.
Sob o signo da atroz melancolia
Por certo não desfolha mal-me-queres.

Não edifica, não ora ou pontifica,
Afasta-se das regras e dos códigos.
O poeta entre os raros nidifica
E voa melhor em meio aos pródigos.

Nada de sermões de bons costumes
Ou causas e missões a abraçar...
Não pretende a ninguém levar os lumes.

E se o poema nasce, que surpresa!
(que nunca sai o que é de se esperar)
Um novo olhar à face da beleza...

(sem data)

Contra-receta del poeta (de Alma Welt)
(versión en castellano de Lucia Welt)

El poeta no vive el “día a día”
La rutina, el hastío, se tu quieres.
Bajo el signo de la atroz melancolía
Todavía no deshoja “mal-me-quieres”

No ora o pontifica y hace reparos,
Alejándose de reglas y de códigos
El poeta hace cuña entre los raros
Y se alza mejor en medio a pródigos.

Evita sermones de costumbres
O causas y misiones a abrazar…
No pretende a nadie llevar lumes

Y si el poema nace, que sorpresa !
(jamás sale lo que está a esperar)
Nueva mirada a la faz de la belesa…

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