A vida, meu amigo, não perdoa
O menor engano, erro ou deslize
E cobrará de modo que te doa
Seja aqui, em Paris ou em Belize.
Não poderás fugir pra Patagônia
Se na hora mesma da conquista
Trocares uma rosa por begônia,
E essa não for a flor bem quista.
E se pela atração de suas peles
Casares com um ser incompatível,
Acordo que nem sabes quando seles
E que o Tempo cobrará, embora lento,
Verás que os orgasmos de um momento
Se tornaram essa tua vida horrível...
(sem data)
Nota
Acabo de encontrar este enigmático e belo soneto na Arca da Alma, e me pergunto a quem ela se dirigia... Trata-se de uma alusão à coisas acontecidas com um amigo? Ou, mais genericamente, uma alegoria da própria implacabilidade do destino humano, feita de cobrança e ironia.... (Lucia Welt)
Imediatamente o verti para o castelhano:
El Acuerdo (de Alma Welt)
(versión en castellano de Lucia Welt)
La vida, mi amigo, no perdona
Un engaño, errores o desliz,
Y ha de cobrar en tu persona,
Sea aquí, en Belize o en Paris.
No podrás huir a Patagonia
Si en la hora misma de conquista
Cambiares una rosa por begonia
O otra flor que esté fuera de su lista.
Y si la atracción mutua de sus lutos
Te hace casar con un ser incompatible,
Acuerdo que no puedes cambiar
Y que el Tiempo, lento, ha de cobrar,
Verás que un orgasmo de minutos
Se ha tornado esa tu vida, tan horrible…
Há 6 anos
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