Nunca esquecerei meu próprio olhar
Primeiro, ao chegar aqui na estância.
Eu estava ainda em minha infância
E tinha tudo tudo a desvendar.
O casarão sombrio era vetusto
E as salas me deixaram pasma;
A avó Frida sorrindo era um susto
E o avô, então, era um fantasma.
Mas o jardim deitava o seu encanto
E a varanda mirava sobre as flores
Ao longe a pradaria como um manto.
Então, corri, sorri, chorei deveras,
E apossei-me da alma e das dores
Que a casa abrigava de outras eras...
08/05/2004
Há 6 anos
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