quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A Arca insensata (de Alma Welt)

Construir minha Arca de poesia
É menos veleidade que ambição
E nada ou ninguém me denuncia
Um furo nesta nave em construção.

Olho para trás e me orgulho
De cada soneto entre um milhar
E apesar de falsa rima congratulo
A mim mesma por ser meu avatar.

Musa de si mesma!-alguém protesta-
Ou de nau insensata o capitão?
Não devias ser bem mais modesta?

Retruco que a humildade é rendição,
E o contrário da essência do fazer:
A Poiesis, meu navio e meu dever...

(sem data)

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