quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Turbilhão (de Alma Welt)

Tem dias que me vê a pradaria
Correr e rasgar as minhas vestes
Por puro entusiasmo de guria
Quando de carinhos me revestes,

Rodo, meu amado e meu irmão,
A quem me foi dado assim me dar
Como o sangue das uvas no lagar
Embora num tonel de maldição...

Que importa o fruto proibido?
Viveremos, acaso, eternamente,
Ou libertos do peso da libido?

Somente um turbilhão subjacente
Como na exemplar saga dantesca,
Enlaçados, Paolo tu, eu a Francesca...

02/10/2005

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