Sobreviveremos, Rodo, meu amor
E o Tempo não há de sepultar-nos
Junto com os corpos sem calor,
Que nisso não há como poupar-nos,
Mas na memória viva sempiterna
Dos abraços e beijos que trocamos
E a ventura que se queria eterna
No hálito que ávidos sugamos
Um do outro, como brisa destes prados
Que para nós foram mesmo Paraíso
De juras e carinhos, que trocados
Eram como o chimarrão no inverno,
Que nada era mais justo, mais preciso,
E a nós não caberia escuro Averno...
15/01/2007
Nota
Mais um tocante soneto de amor, que acabo de descobrir, inédito, na Arca da Alma.
Há 6 anos
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