sexta-feira, 25 de julho de 2008

Palavras à cigana (de Alma Welt)

Rafisa, lê depressa a minha palma
Mas não pares no meio da leitura.
Sempre o fazes como se uma ruptura
No fio do destino desta Alma.

Eu vejo como fechas minha mão
E o disfarças com um beijo ou sorriso.
Mas não conténs, cigana, o coração
E teu peito que ofega, em prejuízo

Do segredo do que é meu e tu me deves,
Pois se és vidente e quiromante
Honra a tua fama, a mal não leves,

Vai, revela tudo, não importa
Se a Morte for um hóspede galante
Que está prestes a bater na minha porta...

05/01/2007

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Nota
Descobri emocionada este soneto que mostra como Alma andava cheia de pressentimentos da morte próxima, mas não totalmente consciente, que é como o Destino brinca de se apresentar...
(Lucia Welt)



Palabras a la gitana (de Alma Welt)
(versión al castellano de Lucia Welt)


Rafisa, lea de pronto mi mano
No te detengas en medio a la lectura.
Siempre lo haces como una ruptura
En el hilo de mi destino humano.

Yo lo veo como miras con cuidado
Y a veces me confundes con un beso;
No te contienes el corazón alborotado
Y tu pecho que se pone teso

Si el secreto revelar no puedes,
Por seres vidente y quiromante
Honra tu fama, y dáme lo que debes,

Vá, revela todo, lea mi suerte.
Que la Muerte sea un huésped galante
Que todavía en mi puerta bate fuerte!

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