Amanhã verei meu ser refeito
E envolto em aura, libertado,
Serei o ser que sou, o ser eleito
De mim mesma, aceso, iluminado.
Farol na noite eterna de esperança
Ou sol no dia claro sempiterno,
O timbre escolhi eu desde criança
Ao escolher o amor, o bom e o terno.
Mas, bah! se o Cerro esfria e escurece
E pelas faldas onduladas de coxilhas
Do Jarau o minuano escorre e desce,
Da alma o lado escuro me fascina
Ao perceber o quanto, sim, ele me anima,
Esse contraste que produz as maravilhas!
(sem data)
Nota
Com o seu poder de criar ou de realimentar mitos, Alma parece dizer que o minuano nasce no Cerro do Jarau (vide A Salamanca do Jarau, de João Simões Lopes Neto) e quando este escurece e esfria, escorre pelas encostas e corre pela pradaria, como um desbordamento do lado escuro do mundo. (Lucia Welt)
El claro y el oscuro del Alma (de Alma Welt)
(Versión al castellano de Lucia Welt)
Mañana no seré lo que he sido
Pero envuelta en aura, libertada
Yo seré la nueva Alma emplazada
En mi ser verdadero y alumbrado.
Farol en la noche de esperanza
O sol nel día claro y sienpiterno
El timbre he escogido: la abastanza
De mi misma, del bueno y del terno.
Pero si el Cerro se resfria y oscurece
Por las faldas ondeadas de "coxillas"
Del Jarau el minuano escurre y desce
Y del alma el lado oscuro me fascina
Al darme cuenta de cuanto, si, me anima,
Ese contraste que produce maravillas!
Há 6 anos
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