Desde que o meu querido amigo Guilherme de Faria, colocou por mim um poema meu no fabuloso site Overmundo, e agora passou a colocar ali também a grande Alma, minha irmã, eu tomei contato com poemas maravilhosos que eu não conhecia, como este famoso, do grande Murilo Mendes, que deu nome àquele site:
Overmundo
de Murilo Mendes
Os pinheiros assobiam, a tempestade chega:
Os cavalos bebem na mão da tempestade.
Amarro o navio no canto do jardim
E bato à porta do castelo na Espanha.
Soam os tambores do vento.
“Overmundo, Overmundo, que é dos teus oráculos,
Do aparelho de precisão para medir os sonhos,
E da rosa que pega fogo no inimigo?”
Ninguém ampara o cavaleiro do mundo delirante,
Que anda, voa, está em toda a parte
E não consegue pousar em ponto algum.
Observai sua armadura de penas
E ouvi seu grito eletrônico.
“Overmundo expirou ao descobrir quem era”,
Anunciam de dentro do castelo na Espanha.
“O tempo é o mesmo desde o princípio da criação”,
Respondem os homens futuros pela minha voz.
Poesia Liberdade (1947)
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Overmundo (de Murilo Mendes)
(versión al castellano de Lucia Welt)
Los pinos silban, la tempestad llega:
Los caballos beben en la mano de la tempestad.
Yo amarro el navío en el cantón del jardín
Y bato en la puerta del castillo en España.
Sonan los tambores del viento.
Overmundo, Overmundo, que es de tus oráculos,
Del aparejo de precisión para medir sueños,
Y de la rosa que se incendia en el enemigo?
Nadie ampara el caballero del mundo delirante,
Que anda, vuela, está por toda parte
Y no logra posar en punto ninguno.
Observa su armadura de plumas
Y oiga su grito electrónico.
“Overmundo expiró al descubrir quien era”,
Anuncian desde adentro del castillo en España.
“El tiempo es el mismo desde el principio de la creación”,
Responden los hombres futuros por mi voz.
Há 6 anos
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