,1886-Arnold+Boeklin(1827-1901).jpg)
Bosque Sagrado (Heiliger Hain) 1886- Arnold Boecklin (1827-1901)
Memória do bosque sagrado (de Alma Welt)
Esta noite irei ao meu pomar
Acender a pira dos meus deuses
Ali eles verão eu me ajoelhar
Como outrora no bosque de Elêusis.
E ao ver o fumo branco ascender
Do nosso mate em proporção secreta,
Eu me regozijarei ao perceber
Que os deuses aceitaram minha oferta.
E então eu abrirei meu coração
Para que vejam o ardor do meu desejo
Que não exclui pureza e devoção,
Pois quero somente preservar
A união de todos em que vejo
A mesma solidão, o mesmo olhar...
24/12/2006
Nota
Encontrei na arca da Alma esta reprodução de quadro de Arnold Boecklin do acervo do Hamburger Kunsthalle, em cartão postal onde no verso ela escreveu este soneto na véspera do seu último Natal. Como podem perceber Alma acreditava ter, numa de suas encarnações, vivido em Elêusis onde fora uma sacerdotisa órfica, do culto de Mistérios daquela doutrina reencarnacionista do século VII A.C., na Grécia. (Lucia Welt)
2 comentários:
Lu!
Quanto ao último comment seu, são coisas assim que me fazem continuar...sem dramatizar, não foram poucas as vezes que pensei em jogar tudo fora e fazer outra coisa. Pouco antes de receber o teu primeiro comment, passei o período mais frustrante até hoje nesse sentido. foi um bem que vc fez e que ñ tem idéia, pelo menos ñ tinha até agora.
bom...à parte...
estou saindo da minha cidade amanhã...indo pro norte...provavelmente ñ vou entrar muito na internet (menos que esses últimos dias, resolvendo os pepinos...rsrs, pelo menos hoje deu). tudo vai durar um mês, pouco mais, pouco menos...
quero que saiba que vou levar os poemas da Alma, e divulgar os sites...
espero que dê pra passar por aqui durante esse mês ainda, pra dar um parecer da recepção...
um beijo!
Querido Corso
Os poetas passam por períodos de insegurança e mesmo de depressão quanto ao fazer poético. Mas o chamado, a vocação é muito forte. Há que cantar, como diria um outro...Nem que esse canto seja um grito, ou... um estertor. Mas não duvides nunca de ti mesmo. Os aristas são aqueles que têm absoluta confiança no seu taco e sobem no palco para oferecer o espetáculo de si mesmos. Se houver aplausos, tanto melhor... Mas um único expectador presente já merece o show completo, pois ele naquele momento, é Deus... Esse é o artista.
Meu querido, tu me enterneces, e se vais levar os poemas da Alma e divulgar seus blogss é porque os ama e então te sou duplamente grata.
Volte, volte logo, e sejas feliz e bem sucedido no fores fazer no norte.
Um grande beijo da Lu
Postar um comentário