quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Meu Nicho (de Alma Welt)

Saber o nicho exato meu no mundo
Foi por certo menos dom que privilégio
Malgrado este ar nórdico oriundo
E este decantado porte régio

Que me fez destoar das outras prendas
Nestes prados que assim só eu nomeio,
A coxilha da qual contam as lendas
Do meu Negrinho em eterno pastoreio,

Do Cerro do Jarau, da Salamanca,
Da Teiniaguá, tão misteriosa,
Que não viu o expandir da minha anca

E se reclamo minha voz neste universo
Tão mais antigo e de saga gloriosa,
Que não destoe meu timbre, tão diverso...

(sem data)

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