segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Auto-Retrato (de Alma Welt)

Eis toda uma vida em mil sonetos...
Mais hum pra ser exata em minhas contas.
Posso me orgulhar dos meus quartetos
E algumas chaves, se o ouro me descontas

E não cheguem a ser fechos dourados,
Também algumas pobres rimas falsas
Sem contar os lamentáveis pés quebrados
Com que tenho dançado as minhas valsas.

No final, o conjunto é até bem posto
Conquanto discutível no detalhe
E mesmo anacrônico no gosto.

Mas quê importa? Cantei-me para mim,
É risível, eu sei, nem bem me calhe
Sincero auto-retrato, tanto assim...

17/01/2007

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