segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Anita dorme ao lado ( de Alma Welt)

Nunca mais ver o Pampa e esta casa
É algo para mim inconcebível.
Sua imensa história que extravaza
Contém a minha agora, indivizível.

Misturei-me com outros fantasmas
E entre as eras não ponho limites.
Anita dorme ao lado e sem as asmas
Que me causava e estamos quites:

Deixou-me dormir com o italiano
Cuja grande barba me lembrava
Meu pintor e mestre paulistano

Que deixei para voltar para o meu Pampa
Pois sentia que ali eu destoava,
Pandora que a si mesma se destampa...

(sem data)

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