
Alma Welt, no Tear - tondo de Guilherme de Faria, o s/t, 60cm diâmetro
O Tear (de Alma Welt)
Sou branca qual diáfana quimera,
Por isso Alma sou minha elegia.
Entretanto minha mãe já o temera
Esse nome que ditou minha poesia.
Só a dura Açoriana quis calar
Este estro que teimava em ascender,
E na sombra das maçãs do meu pomar
Quase vi essa poesia se perder.
E por isso esse constante refilar
A cada novo ponto que desfia,
Qual Penélope de mim no meu tear...
Pois tênue, etérea, o olhar disperso,
Ganho cores por artes de magia
Ao remendar sem fim meu universo...
(sem data)
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