
The Drowning of Ophelia- de W.G. Simmonds
Minha Pavana (de Alma Welt)
Posso bem imaginar minha pavana
Aquela, triste, da defunta que serei,
Envolta em pranto, dor e muita gana
De vingança e juras do meu rei,
Sim, Rodo, meu irmão e soberano
E seu fiel Galdério, bom ministro,
A ostentar agora um ar sinistro
Ao chamar nosso aliado Minuano
Para a batalha final com a potência
Que levou “esta defunta infanta amada” *
Aos páramos além de sua demência
Coroada de flores de bromélias,
Na verdade uma pobre desastrada,
A mais branca e tola das Ofélias...
15/01/2007
Notas
*“esta defunta infanta amada”- citação de verso de Jorge de Lima do famoso soneto sem título : " Esta pavana é para uma defunta..."
O Guilherme de Faria adicionou este comentário à postagem deste soneto na sua página no facebook:
"Lucia Welt acabou de encontrar este soneto inédito na Arca da Alma. Trata-se de mais um dos muitos que revelam a fantasia romântica recorrente, da Alma, de sua morte romanesca, que embora às vezes auto-ironizada como no caso deste soneto, acabou mesmo por vitimá-la..."
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