domingo, 24 de janeiro de 2010

De rosas e margaridas (de Alma Welt)

As rosas do jardim de minha mãe,
Apesar de sua beleza inconteste,
Ainda me intimidam, não estranhem:
Seus espinhos não afastam só a peste.

Báh! Dura imponência a dessas rosas!
São rainhas, sim, puras e frias.
Seus espinhos não as tornam mais formosas,
Que mil reservas nada valem às gurias

Que afastam quem lhes pode querer bem,
Só açulando o mal intencionado,
Que, esse... o mundo sempre tem.

E lá vou eu colher a margarida
Cujo simplório pudor é demonstrado
Num bem-me-quer eterno... pela vida.


08/09/2005

Nota
Encantada, acabo de encontrar, nesta manhã de domingo, este soneto da Alma que tem tudo para se tornar um clássico... (Lucia Welt)

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