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Tempestade -óleo s/ tela de Guilherme de Faria
Tempestade (de Alma Welt)
Vê: o céu se adensa e escurece,
Procelárias se agitam sobre a face
Que se ergue na mais sinistra prece
Prevendo o iminente desenlace.
O mar se turva e mais se encrespa
E as ondas lançam brados de loucura
Enquanto um ribombo força a fresta
De um teto de chumbo sem pintura.
Então o caos se instala e ai de nós
Neste pequenino barco rubro
Que não passa de vã casca de noz
À deriva, a medo, e sem poesia,
Se o vórtice indigesto de um tubo
Nos devora em ânsias de agonia...
14/09/2006
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