Aninhada no quarto entre paredes
Vetustas e entretanto carinhosas,
Mesmo assim percebo minhas sedes,
A ânsia de ir além das minhas rosas,
De ganhar a pradaria e o mundo...
Mas que sei eu do mundo? Eis a verdade,
Se vejo esta planície como fundo
Ou fundamento da própria eternidade!
E então uma inquietude geradora
De poemas e cantos me agoniza,
E talvez por isso mesmo salvadora,
Liberta-me do ninho e do aconchego
E posso ver o mundo sem ter visa,
Posso fazer voar o meu apego.
(sem data)
Há 5 meses
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