quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Soneto da Quarta-feira (de Alma Welt)

Não direi que a vida é quarta-feira
De cinzas, muito menos Carnaval.
Contudo a mornidão não é o normal,
E o prazer tem muito pouco de rameira.

A alegria, sim, e até momentos
De euforia plena, desvairada,
São próprios da alma aventurada
Que busca atenuar os vãos tormentos.

Aqui nesta amplidão da natureza
Vivi a minha vida neste Pampa,
Com muitas alegrias, com certeza.

E ouso dizer que a vida é bela
Não como um clarão antes da campa,
Mas com a singeleza de uma vela.


(Fevereiro de 2004)

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