terça-feira, 12 de agosto de 2008

O eterno retorno (de Alma Welt)

Contarei e cantarei até o fim
Dos meus dias como vou ao meu irmão
Encontrá-lo alta noite no seu sótão
Para entregar-me a ele e ele a mim.

E como, tateando no escuro
Nos longos corredores, já ardente,
Eu me dispo no caminho, de repente
Naquele impulso claro e escuro

Que me leva assim a dar-me e dar-me
E exausta adormecer sobre seu ombro
Depois de tanto cavalgar a sua carne.

E como, adormecida, recomponho
A clara roda de ir ao seu encontro
Na obscura clareza do meu sonho.

(sem data)
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El eterno retorno (de Alma Welt)
(versión al castellano por Lucia Welt)


Cantaré y cantaré hasta el fin nuestro,
Como voy tan repetido al mi hermano,
Encontrarlo, alta noche, en su sótano
Para entregarme a ello, por supuesto.

Y como, palpando el aire oscuro
De los corredores onde, ardiente,
Me desnudo en el camino, de repente
En un raro impulso claro y puro

Que me lleva así a darme y darme
Y exhausta dormir con ello adentro
Después de cabalgar tanto su carne

Y como recompongo el diseño
De la rueda de irme al su encuentro
En la oscura claridad de nuestro sueño.

Um comentário:

R. M. Peteffi disse...

Lu!

primeiro..sim, na mosca, Caeiro...é meu preferido, e meu pesadelo tbm...quando li pela primeira vez, entrou completamente e sem resistência nenhuma...Caeiro foi meu modelo e ideal e me tomou dois anos de trabalho, até que ficasse próximo, de certa maneira...e agora provavelmente vai me tomar mais alguns, pra me livrar dele...rsrs

'O poeta é sublime, sim, mas quando exibe uma aparente baixa auto-estima o faz por charme ou desafio, já que é "um fingidor".'

é uma verdade...e além, poderia ser dito que só se pode escrever bem sobre algo quando esse algo não há...ou mais ou menos isso...
talvez essa seja uma das chaves do Espírito...

acho que ñ preciso dizer que sempre que entro aqui, leio alguma coisa nova e belíssima...implícito, sempre...

beijos!

Corso







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