terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mãe solteira (de Alma Welt)

Entre as muitas crias de minh’alma
A dos sonetos, creio, é a primeira.
Na verdade, com orgulho, dou a palma,
Que filhos eles são de mãe solteira,

Amados duplamente e protegidos
Com lambida tanta em suas peles,
Preciosos, uns aos outros acrescidos,
E me nutrindo bem mais que eu a eles.

Me reconstruo a cada bom soneto,
Raríssima opção de crescimento,
Ou “anacrônico recurso obsoleto”,

Dirão alguns, sem meu conhecimento,
Pois sei que a mim não ousarão dizê-lo,
Vendo a árvore crescer, de tanto zelo.

19/07/2004

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