Eu cantaria aqui o meu amor
Como outrora os bardos o faziam,
Não apenas com palavras de louvor
Ou aquelas que como fogo ardiam
E subiam ao céu, qual de uma pira
O fumo sagrado de ervas mágicas,
Ao som plangente de uma lira
Entre guerras e despedidas trágicas.
Todavia, a mim cabe relembrá-lo
Quando no seu Porsche ele se afasta
Jogando os meus sonhos pelo ralo.
E enquanto ele carteia num cassino,
Meu raro coração já em subasta,
Espera o arremate do Destino...
(sem data)
Nota
Acabo de descobrir na Arca da poetisa, este soneto dramático, na verdade de tom levemente patético, em que Alma mais uma vez se refere com ligeira amargura e auto-ironia ao seu amor, já conhecido por todos, Rodo, nosso irmão, inveterado jogador de pôquer, aventureiro elegante, aficionado de carros esporte e que depois de moço não pára mais muito tempo aqui na estância, percorrendo os cassinos do mundo no seu Porsche. (Lucia Welt)
Lances de amor (de Alma Welt)
(versión al castellano de Lucia Welt)
Yo cantaría aquí mismo mi amor
Como ayer los Bardos lo hicieran,
No sólo con palabras de honor
O aquellas que con fuego ardieran
Arribando al cielo por la pira
De humo sagrado de hierbas mágicas,
Al sonido lloroso de una lira
Entre guerras y despedidas trágicas.
Todavía cabe a mi rememorarlo,
Si en su Porsche él se aleja sin razón
Retirando mis sueños de su halo
Y en cuanto él juega en el casino
Es como en la subasta, el corazón
Anhelarse el remate del Destino…
03/02/2010
Há 6 anos
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