Se deixo assim passar um dia só
Sem ter escrito ao menos um soneto
Ou conto, uma crônica, um quarteto,
Um verso que seja... me faz dó.
O Tempo por certo não é meu sócio
Ou tenho dele uma quota tão restrita!
Não posso dar-me o luxo de tal ócio
E o verso que perdi ainda me irrita.
Não consigo entender que uma pessoa
Se deixe estar a viver sem criar algo
Que palpado possa ser e que ressoa.
É como ver as horas irem pelo ralo
Nessa nossa temporada de fidalgo
A perseguir pobres raposas a cavalo...
Há 6 anos
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