segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Mistério Alma Welt (um acróstico apócrifo)

Descobri, através da pesquisa Google, o blog do escritor Milton Ribeiro com uma página sobre a polêmica que se estabeleceu na Internet sobre a existência real ou não da Poetisa Alma Welt. Esse blog ressalta a existência de um "mistério Alma Welt". Seria divertido para mim, não fosse o fato de que a lembranças de minha irmã sobrepostas às imagens de sua morte trágica me emocionam ainda, demais, e trazem-me lágrimas aos olhos e um aperto no coração. Entretanto encontrei numa outra página do mesmo blog este comentário da pessoa que se diz chamar Jungmar Jensen e que tem um blog dedicado a investigar o "mistério Alma Welt". Fiquei pasma e (como ele diz que fez) também escrevi para o Guilherme de Faria que reiterou a sua negação, indignado de que estejam usando seu nome no acróstico de um soneto falsamente a ele atribuido.
Imediatamente escrevi ao sr Jungmar e consegui permissão para transcrever aqui o que ele postou no blog do Milton Ribeiro:


Jungmar Jensen
on Dec 7th, 2009 at 1:41 am
Já confessei aqui o meu fracasso em elucidar o Mistério Alma Welt, mesmo tendo aberto há meses um blog com essa finalidade. Ainda não cheguei a uma conclusão, tanto mais que acabo de receber através de um e.mail nitidamente falso este notável soneto em acróstico que fui imediatamente conferir com o mestre poeta e pintor Guilherme de Faria, que veemente e indignadamente negou a autoria. É curioso perceber como o veterano artista se emociona ao falar de sua grande musa, a cuja imagem e memória está dedicado em magníficas telas desde que a conheceu e amou. Entretanto, como contribuição ao debate, e por sua curiosidade e engenho transcrevo aqui o citado soneto, mesmo que apócrifo:

Quem sou

Gostariam de saber quem mesmo sou,
Um bardo ou poetisa delicada
Interiorizando um grande show
Literalmente ao longo da jornada.

Herdei, confesso, o estro e o resto,
E devo tudo à Alma peregrina
Resoluta, rebelde e feminina
Mesmo que acabe num protesto

E revolte alguns dúbios sentimentos
Fazendo com que me dêem as costas
Aqueles que choravam meus tormentos,

Rindo também se alegre estava,
Indicando minhas vitórias nas apostas
A que dei tanto valor quando jogava…

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