O amor triunfante que concebo
Não é a minha teima ou meu consolo
E não venci reservas de um mancebo
Com a insistência de um monjolo,
Mas colheita ideal de uma procura
Em que a nota terá sido a liberdade
E o desafio além de uma saudade
Da fonte virginal que a alma cura.
Terá sido privilégio ou coincidência
Tê-lo encontrado aqui perto de mim
Mas nunca comodismo ou indulgência
Pois o preço a pagar pela ousadia
De assumir e cantar um amor assim
Faz de mim guerreira e... não vadia.
(sem data)
Nota
Acabo de encontrar este impressionante soneto em que a Alma afirma o seu amor por nosso irmão Rôdo, nascido por escolha (se é que isso é possível) apesar de começar na tenra infância dos dois. Mas não se pode duvidar da coragem que isso representou numa guria, por toda a sua vida, numa sociedade provinciana como a nossa, e com o escândalo e a lógica oposição ferrenha da Mutti, da Solange (nossa irmã) e até da Matilde. (Lucia Welt)
Há 6 anos
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