domingo, 16 de março de 2008

BARQUINHOS DE PAPEL (poema de Claudio Bento para Lucia Welt)

Noite de chuva
Torrencial
Sobre a cidade

Ribomba
O trovão grão-mestre de Xangô

Raios e coriscos
Riscam o céu de nuvens negras

Meu coração
Absorve a chuva

Meus olhos
São enxurradas
Lavando as pedras da rua

Lavando a alma
Escorrendo em líquida fluidez
Os poemas feitos de barquinhos de papel

Cláudio Bento

Para Lúcia, eterna musa

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