ONDE MORA O SEU CORAÇÃO
Para Lúcia Welt
Os índios da minha aldeia
Caminham tristes vestidos de pobreza e solidão
Os índios caminham tristes
Pés descalços sobre o pó das estradas
Procurando o rio da infância de seu povo
Procurando a identidade perdida a tribo perdida a esperança perdida
A alma dessa gente está guardada
Na curva do rio da sua história
Sua história suja de sangue
Sua história encharcada de lágrimas
Por isso eles caminham à procura das barrancas do rio
Onde mora o seu coração
Cláudio Bento
BH . Setembro . 2007
Lu, fico muito triste quando vou a Jequitinhonha e deparo-me com o que restou dos índios Maxácalis nas ruas da cidade em situação de mendicância e miséria. Dói-me no coração saber que essa gente faz parte do meu sangue, da minha história, da minha vida.
Um grande beijo com carinho.
Há 6 anos
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