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A Festa (de Alma Welt)
Não levantei o punho contra o céu
Por saber meu prazo já tão curto
Ao tirar dos olhos denso véu
Sem a frágil mente entrar em surto.
Mas se muito chorei já não o faço
E os dias que me restam desafio
Com as boas rimas e o compasso
Conhecidos canais do desvario
Que ora ponho a serviço de mim mesma
Como meio de dobrar o que me resta,
Dupla vida para a pródiga abantesma
Que há de para sempre aqui ficar
Entre os que jamais deixam a festa
Do casarão e da vinha em pleno ar...
(sem data)
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