sábado, 26 de fevereiro de 2011

Macunaíma de saias (de Alma Welt)

Ninguém me diga que nem tudo revelei
E que fiz do meu soneto promoção
De mim, do pouco ou muito que pensei
Ou do meu jeito de tomar o chimarrão,

Quero dizer... do meu modo de vida,
Aliás considerado extravagante
Com esta tendência assumida
Ao nudismo e à poesia divagante.

Já contei até minha internação
Que terminou com fuga pela estrada
E quase estupro por chofer de caminhão.

Bah!... sou afinal anti-heroína,
Minha poesia não serviu pra quase nada,
De saias fui talvez... Macunaíma!

(sem data)

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