sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Queda da Casa de Welt (de Alma Welt)



A Queda da Casa de Welt (de Alma Welt)

Só não morro à míngua de Poesia
Conquanto cada vez mais isolada
Neste velho casarão, em nostalgia,
Por lembranças e espectros cercada.

Matilde, cada vez mais igrejeira,
Velas acendendo em seu entorno
E em toda a casa como esteira
De um navegar em águas sem retorno.

Meu Rodo, percebi, me abandonou:
Suas cartas já arriscam minha pele,
Que é capaz de jogar o que sobrou...

E, Galdério? Meu fiel Gaudério!
Já não te peço que a Miranda sele,
Ela não gosta de pastar no cemitério...

15/01/2007

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