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O Divã da Alma- óleo s/ tela de Guilherme de Faria
50x70cm, coleção Flávio Pacheco, São Paulo
O Divã (de Alma Welt)
Perante o analista desnudei-me,
Não, não me refiro ao nu simbólico,
Ao antigo despojar a que obriguei-me
E que me resultava melancólico...
Me despi no divã do consultório
Na glória de formas tão louçãs
Que são meu atributo meritório
De desejos como um Éden de maçãs...
E tudo em torno era vermelho
Meu corpete, branco qual narciso
Reclinado no azul como no espelho...
Bem... "E o analista?" perguntais.
Só posso dizer que o tive inciso,
E eram nossos agora os novos ais...
(sem data)
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