sábado, 25 de dezembro de 2010

Pureza (Alma Welt)


Alma, criança, diante da macieira-coração...
(óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 100x100cm)



Pureza (Alma Welt)

Eu busco minha pureza não perdida
Nos primórdios de minha humilde saga,
Embora aviltada e ofendida
Pela mão que ainda hoje não afaga,

Que é a que puxou pelos cabelos
A pequena Alma ruiva e branca
Que ainda espera os tais desvelos
Para vencer a mágoa que a desanca.

Ah! Se pudesse um dia por semana
Aconchegar-me ao seio da rainha
E não chamá-la mais “a Açoriana”!...

Bah! Eu não seria pois quem sou...
Esta dor que me deu o que eu já tinha,
O Poeta que em mim se revelou...

(sem data)

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