
O Realejo (de Alma Welt)
Como agir, eu pergunto, o quê fazer?
O quê ser, o quê dizer, o quê pensar?
Dormir, sonhar, morrer e renascer
Para termos novamente o quê amar?
Ou crer, brincar de ser e se iludir,
E voltar a querer o que se quis...
Será a vida só a roda do devir?
Tudo é mistério no círculo de giz!
E minha dor é essa fonte desatada
Que me tem dado esse tanto que falar,
Que melhor fora sentir e recalcar...
Entretanto no poema me revejo,
Reencontro-me, guria, na calçada
Diante daquele Eterno Realejo...
(sem data)
Nenhum comentário:
Postar um comentário