Quando meu pingo galopa na coxilha,
Em seu lombo a fugir também me vejo
A afastar-me do futuro pela trilha
Que me leva à raiz do meu desejo
De mais e mais viver, insaciável,
Pois que perdida a chave da inocência,
A vida foi pra mim reincidência
Num doce pecado inexplicável...
Por quê, por quê haveria maldição
Vinda de quem tão bem me quer
Que me fez bela poeta e tão mulher?
Mas meu destino breve, que bem sei,
Me faz correr assim na contramão
De volta ao pomar em que pequei...
(sem data)
Há 5 meses
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