quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Femme-enfant ( soneto humorístico de Alma Welt)

O grande moto da mulher é o amor
Que faz dela esse ser meio encantado
E até a pobre Amélia do cantor,
Passava fome, sim, mas a melado.

Dêem-nos, pois, abraços e carinhos,
Beijinhos sem ter fim também é bom...
O importante é manter o nosso tom
E não nos deixar a ver barquinhos.

Conquanto já não digam “femme-enfant”,
Somos débeis, infantis, eu reconheço,
E eis porque ainda temos tanto fã.

Mas se nos querem comprar com vil metal
Ou nos pedirem trégua e recomeço
Com um beijo tens recibo e nosso aval...

(sem data)

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