sábado, 23 de janeiro de 2010

Paraísos (de Alma Welt)

Não escolhemos bem a que viemos,
Mesmo assim nós podemos transformá-lo;
O espaço de manobra que nos demos
Abrirá uma coxilha ou um valo...

Há quem do paraíso faz o inferno
E d’um palácio a gruta dos horrores;
Há quem de uns farrapos faça um terno
E há quem os prazeres torne em dores.

Mas eu que fui expulsa do meu Éden,
Que era a pura inocência do brincar
De crianças que se tocam e se medem,

Tive, sim, que o paraíso restaurar
Dentro de mim, pois agora já sabia
A pureza que no corpo se escondia...

(sem data)

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