Não escolhemos bem a que viemos,
Mesmo assim nós podemos transformá-lo;
O espaço de manobra que nos demos
Abrirá uma coxilha ou um valo...
Há quem do paraíso faz o inferno
E d’um palácio a gruta dos horrores;
Há quem de uns farrapos faça um terno
E há quem os prazeres torne em dores.
Mas eu que fui expulsa do meu Éden,
Que era a pura inocência do brincar
De crianças que se tocam e se medem,
Tive, sim, que o paraíso restaurar
Dentro de mim, pois agora já sabia
A pureza que no corpo se escondia...
(sem data)
Há 3 meses
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